Esta pesquisa foi desenvolvida tendo como suporte a revisão da literatura (dissertações e teses) sobre o Movimento dos Sem Terra na área da educação. A fonte fundamental de dados foi o Banco de Teses da CAPES, complementada pela pesquisa junto aos trabalhos apresentados nas reuniões anuais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd) e junto aos programas de Pós-Graduação em Educação que contam com a linha de pesquisa Trabalho e Educação. Também contamos com a socialização da pesquisa de Maria Antonia de Souza (2005), a qual faz um mapeamento e análise das produções em educação sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no Brasil.

No banco de teses e dissertações da CAPES encontramos 443 trabalhos (87 teses e 356 dissertações) que tratam do MST em diferentes áreas do conhecimento, no período de 1987 a 2006. Na área da educação, são 31 teses e 105 dissertações. No que se refere à relação entre trabalho, educação e cooperativas (TEC), selecionamos 41 dissertações de mestrado e 17 teses de doutorado, nas áreas de educação, sociologia, ciências agrárias, geografia, história e psicologia, as quais são analisadas na presente pesquisa.

Nossos passos de pesquisa foram os seguintes:

1. Leitura, análise e sistematização para fundamentação teórico-metodológica da pesquisa. Temas centrais: Emancipação e alienação; trabalho e educação; trabalho associado e cooperativas; educação e movimento social.


2. Mapeamento das dissertações e teses sobre o MST, com base no Banco de Teses da CAPES, a partir da palavra-chave MST, identificando temática de estudo, palavras-chave, área do conhecimento, ano e universidade onde foi desenvolvida a pesquisa.


3. Mapeamento das dissertações e teses sobre o MST na área educacional. Seleção dos temas abordados com base no título, palavras-chave e resumo das pesquisas. Análise dos temas e dos campos de pesquisa, bem como da dimensão (pedagógica, política, social) atribuída à educação desenvolvida pelo Movimento dos Sem Terra nas produções na área da educação. Foram estudadas de forma mais aprofundada pela equipe algumas temáticas referentes à escola, escola itinerante, infância e pedagogia da terra.


4. Seleção das dissertações e teses que tratam da relação trabalho, educação e cooperativas no MST, em diferentes áreas do conhecimento, feita por meio da leitura dos resumos. Buscamos o acesso na integra dos trabalhos, por meio de contato via e-mail com o pós-graduando ou seu orientador; consulta à bibliotecas e banco de dados on-line dos Programas de Pós-Graduação e das Universidades e, ainda, o contato com pesquisadores da área.


5. Leitura na íntegra das produções selecionadas, identificando: conceito de trabalho e conceito de educação, com base nos autores que se constituem em referência à pesquisa; a relação estabelecida entre trabalho, educação e cooperativas; a metodologia e os instrumentos de pesquisa utilizados; o sentido atribuído ao trabalho, à educação e às cooperativas no MST e as conclusões apresentadas. No processo da pesquisa, observamos que muitos trabalhos se repetiam na contextualização do Movimento (MST), nos temas e análises desenvolvidas e no referencial teórico. Sendo assim, decidimos trabalhar com “casos exemplares”, isto é, com estudo aprofundado de pesquisas que são expressão de um conjunto de estudos que têm como base uma mesma concepção teórico-metodológica a respeito do problema.

Segue abaixo o modelo utilizado para a análise das dissertações e teses selecionadas.

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Autor
Título
Orientador:
Universidade:
Área:
Ano:
Resumo:
Palavras-chave:
Problema e objetivos de pesquisa:
Metodologia:
Autores de referência:
Concepção de educação e/ou escola:
Concepção de trabalho:
Concepção de cooperação:
Relação educação/trabalho/cooperação:
Conclusão sobre o potencial político-educacional do MST.


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6. A partir da análise das produções, foram elaborados textos que refletem sobre a relação trabalho e educação nas pesquisas, a formação para o trabalho no contexto do MST e os desafios das cooperativas do MST.